Cosméticos- A história

A palavra cosmético se origina de kosmetikós, palavra grega que quer dizer “o que serve para ornamentar”.  ou de Cosmus, perfumista romano famoso do século I, que fabricava o cosmianum, ungüento antirrugas  e outros preparados para a beleza.A palavra beleza origina-se do sânscrito BEL ET ZA, que quer dizer “A casa onde Deus brilha”.Na pré-história, os homens pintavam o corpo e se tatuavam. para fabricar a tinta eram usadas cascas e folhas de árvores, terra e água.

Óxido de ferro pigmentava os lábios de vermelho em 5000 aC.

No sarcófago de Tutankamon (1400 a.C.) e outras tumbas foram encontrados cremes e potes de azeite.

Os egípcios usavam óleo de castor e óleo feito com gordura de ganso no corpo para proteger a pele do sol. No banho usavam uma mistura com óleos perfumados (tirado de flores e frutos) e argila ou cinzas.

Homens e mulheres maquiavam seus olhos com uma mistura de pó de khol (carvão) e gordura, que mais que embelezar, protegia da luz solar. A cor verde  da pintura nos olhos, usada apenas pelos nobres, era originada da Malaquita. Nas bochechas o tom terroso era obtido pelo óxido de ferro.

Para evitar piolhos e também o calor excessivo, os egípcios raspavam os cabelos usando perucas negras, tingidas com henna.

Os cuidados com a beleza era  visto como distinção de classes sociais e proteção espiritual.

                                                                                           Egípcias

Na era Romana, o médico grego Claudius Galeno manipula o primeiro cosmético feito em laboratório chamado Unguentum refrigerans,um creme composto de cera de abelha e bórax. As romanas faziam papas de beleza, misturando miolo de pão, leite de jumenta e farinha de favas, tudo para ter a pele mais branca e macia, faziam massagens com óleo perfumado.

Na Grécia para deixar as bochechas mais rosadas era utilizada a mistura de amoras e algas marinhas. Elas usavam cinabre ( sulfeto de metal) nos lábios para ficarem mais vermelhos, sem saber que era altamente tóxico. A higiene e os banhos eram apreciados.

                                                                                                Romana

 

Durante a Idade Média o hábito de fazer massagens com óleos e os banhos e higiene  foi considerado pagão. As pessoas tomavam apenas um banho por ano. Os cosméticos desapareceram. As mulheres se cobriram, usavam acessórios na cabeça cobrindo os cabelos ou parte deles,  coloriam os lábios com açafrão, os cabelos eram clareados com água de lixívia (hidróxido de potássio), a pele era clareada com compostos de arsênico e chumbo . As sobrancelhas eram depiladas e a testa aumentada pela depilação da linha dos cabelos. As mulheres beliscavam as bochechas para corar e mordiam os lábios. Usavam sálvia para clarear os dentes. Leite, vinho, lama, clara de ovo e vinagre para clarear e hidratar a pele. Mais tarde,  na Inglaterra, cabelos no tom avermelhado começam a ser usados. 

 

 

Século XV aristocracia da Europa começa a usar cosméticos, a França se destaca como produtora.

                                       Dama com Arminho (Retrato de Cecília Gallerani), Leonardo da Vinci.

Século XVI, a pele branca é a obsessão das mulheres, para isso usam diversos produtos, pó a base de arsênio e até tinta branca à base de chumbo. Perfumes ganham cada vez mais destaque para encobrir o odor da falta de banho. Para clarear os cabelos as mulheres usavam enxofre e mel no sol.

                                                          Dama com unicórnio, de Raffaello Sanzio, 1506

 

No século XVII as mulheres usam elixires, águas misturadas a perfumes e fogo do alambique, práticas de sangrias e clister para provocar depuração das impurezas do corpo. Em Paris, haviam lojas com artigos de beleza: sabonetes, perfumes, pomadas, depilatórios, águas virginais, pó-de-arroz, ruge.

                                Jakob Seisenegger (1505–1567) Retrato da Imperatriz Isabel de Portugal sec. XVII

Entra em moda as chamadas Mouches de beauté (minúsculas superfícies de tafetá coladas ao rosto) criando o aspecto de pintas na face.

 

Os penteados ganharam um pó branco e eram chamados de penteados empoados. Apenas as mulheres da corte podiam utilizar círculos bem definidos vermelhos nas bochechas.

 

 

Nos séculos XVII e XVIII artigos de beleza começam a ser comercializados e em 1725, Giovanni Maria Faria, em Colônia, na Alemanha, criou a famosa água de colônia.

No final do século, em 1770 o Parlamento Inglês decretou que qualquer mulher que seduzisse ou traísse no matrimônio através do uso de cosméticos, produtos de
limpeza, espartilho de ferro, sapatos altos etc., seria condenada assim como as bruxas e o casamento seria considerado inválido (PANDOLFO, 2012).

Em 1886, David McConnell , vendedor de livros que para aumentar as vendas dava  amostra de perfume, fez tanto sucesso o brinde que ele desistiu dos livros e surge em Nova York, a Califórnia Perfume Company , em 1939, passar a ser chamada de Avon.

                          Imagem de produtos vendidos por catálogo da California Perfume Company

 

Max Factor, nos anos 20 começa fabricar maquiagens para o cinema, desenvolve diversos produtos, como base  flexível, tons de bases diferentes, Pan Cake, batom de longa durabilidade, rímel na embalagem que usamos até hoje e a embalagem de batom também foi idéia dele. Monta a gigante Max Factor Company. .

1870, as bases para cremes ganham 2 produtos importantes:  lanolina purificada por Liebreich e da vaselina por Cheseborough .

 Em 1902  a polonesa Helena Rubinstein, se muda para Austrália levando cremes de fabricação caseira para evitar o ressecamento da pele com o clima quente e  revoluciona os tratamentos de beleza, criando verdadeiras maravilhas para retardar o envelhecimento. Em 1902 Rubinstein abre o primeiro instituto de beleza e em 1983, a marca Helena Rubinstein é vendida para a L’Oreal.

 

1910, a canadense Elizabeth Arden, abre em Nova York o salão que se transformou  templo da beleza e sua famosa  porta vermelha (Red Door).

 

Charlie Revlon, começa a fabricar o verniz para as unhas.

1911, primeiro creme a base de água em óleo, era o Nívea ( neve, branco)

 

Hoje a L’Oreal detém o mercado cosmético com as marcas, L’Oreal Paris, Garnier, Maybelline New York, Laboratoires Vichy, La Roche-Posay, L’Oreal Professional, Redken, Kerastase, Lancôme, Biotherm, Helena Rubinstein, além dos perfumes Cacharel, Giorgio Armani e Ralph Lauren.

 

Imagens: Reprodução

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